Depois de décadas lutando arduamente por direitos como igualdade salarial em relação aos homens que ocupavam cargos do mesmo setor, e mais espaço para arbitrar em decisões importantes dentro de uma organização, as mulheres finalmente tem recebido maior autonomia e reconhecimento financeiro nos cargos que ocupam. Em 2022 o IBGE apurou que as mulheres recebiam cerca de 78,9% a mais que os homens que ocupavam a mesma posição. No mesmo ano, as mulheres representaram 60,3% dos universitários que estavam prestes a se formar em algum curso de graduação, ou seja, a forte presença das mulheres no mercado, se deve a busca constante por aprimoramento e profissionalização.
Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, ainda existem diversos fatores que revelam a assimetria entre os direitos das mulheres e dos homens no Brasil e no mundo. Na esfera nacional, podemos citar o artigo 7° da constituição federal, que regulamenta a licença-maternidade em 120 dias, com a possibilidade de prorrogação da mesma para até 180 dias, porém a licença-paternidade em apenas 5 dias, o que demonstra extrema disparidade e leva a mulher a se ausentar notavelmente mais do que o homem, afetando diretamente a carreira feminina. Sem mencionar o fato de que a ausência do homem ao lado da mulher no período inicial da maternidade, ocasiona uma sobrecarga sobre a mesma, em relação as tarefas que precisam ser desempenhadas nessa fase tão importante para o bebê.
As evoluções obtidas nos últimos anos, mesmo diante de um cenário hostil, podem trazer a esperança, de que as mudanças necessárias acontecerão, e que no futuro, as mulheres poderão realmente desfrutar da igualdade no mercado de trabalho.